Audrey Tiemei Yogui
Sócia-Supervisora Auditoria
Athros Auditoria e Consultoria + SFAI
Com os avanço e transformação rápida do mercado, as empresas precisam cada vez mais buscar seu diferencial e maneiras de minimizar os riscos que possam ocorrer para se manterem no mercado.
Com isso, a auditoria interna é um viés dentre as atividades de auditoria, que visa o aprimoramento dos controles internos das empresas, agregar valor, contribuir para o gerenciamento de riscos e melhorias nas práticas de governança corporativa, que consiste em análise aprofundada e detalhada dos processos internos realizados pelas empresas com o objetivo de minimizar riscos, perdas, fraudes, desvios, diminuição de custo e padronização das atividades.
A implantação e utilização da auditoria interna como ferramenta de gestão, é peça importante e está cada vez mais em evidência, a alta gestão tem enxergado que um processo de auditoria e controle interno bem-feito, pode trazer benefícios para a companhia, bem como trazer credibilidade nos processos e resultados
Podemos citar os seguintes itens como foco da auditoria interna, de forma não exaustiva:
- Identificar riscos e irregularidades nos processos tanto financeiro quanto operacional;
- Verificar se as normas internas estão sendo cumpridas de forma satisfatória;
- Avaliar se as metas de cada departamento estão sendo cumpridas;
- Proporcionar segurança aos clientes e fornecedores;
- Realizar treinamentos para as áreas.
A execução de uma auditoria interna pode ser dividida nas seguintes etapas:
- Planejamento – definição dos objetivos, elaboração de cronograma de execução, definição de datas;
- Execução – entendimento do fluxo de atividades de cada setor, mapeamento dos processos, aplicação de testes em base amostral, identificação dos riscos, exames e validações através de evidências, documentação não conformidades, analisar o plano de ação de cada melhoria identificada no processo;
- Comunicação – apresentação dos resultados para diretoria ou comitê de auditoria, destacando os pontos de melhorias, plano de ação e benefícios com a implantação;
- Acompanhamento – fase a ser realizada para validação da implantação e recomendações de melhorias, a fim de se certificar que todas as ações corretivas estão sendo aplicadas
Atualmente, há um interesse maior por parte da sociedade em geral, incluindo, investidores, fornecedores e todos os stakeholders com relação a riscos ambientais, sociais e de governança, o denominado risco ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance). Com isso, muitas companhias têm apresentado seus relatórios de sustentabilidade em complemento as demais informações que são disponibilizadas ao mercado.
O ESG possui três pilares, que em linhas gerais são:
- Ambiental – exige boas práticas em relação ao desenvolvimento sustentável nas empresas, com diminuição de riscos que agridem a natureza e meio ambiente;
- Social – abrange questão que possuem relação com a sociedade e na comunidade, como diversidade e inclusão, bem-estar dos colaboradores;
- Governança – visa que a gestão executiva atenda interesse de todas as partes de forma ética, transparente e confiável
A auditoria interna pode contribuir com as empresas na implantação e aprimoramento do controle dos riscos ESG, a fim de fortalecer e dar maior transparência e credibilidade na integridade das informações apresentadas, garantindo que os riscos ESG são monitorados e avaliados de forma periódica.
Os processos adotados para execução da auditoria interna, podem ser realizados por departamento interno ou através de terceirização, normalmente por firmas de auditoria independente. A independência é um fator importante a ser levado em consideração, para que as análises e comunicações não tenham influência de relacionamento, nível hierárquico ou conflito de interesses.
Com isso, ressaltamos a importância de bons controles internos nas empresas e a utilização da auditoria interna como ferramenta de gestão que estará diretamente relacionada ao crescimento das empresas.